Canalblog
Editer l'article Suivre ce blog Administration + Créer mon blog
Publicité
Camino de Santiago
15 mai 2009

Antes de acostarse (en, es, pt)

Elegy XIX To His Mistress Going to Bed

Come, Madam, come, all rest my powers defy,
Until I labor, I in labor lie.
The foe oft-times having the foe in sight,
Is tir'd with standing though he never fight.
Off with that girdle, like heaven's Zone glittering,
But a far fairer world encompassing.
Unpin that spangled breastplate which you wear,
That th'eyes of busy fools may be stopt there.
Unlace your self, for that harmonious chime,
Tells me from you, that now it is bed time.
Off with that happy busk, which I envie,
That still can be, and still can stand so nigh.
Your gown going off, such beautious state reveals,
As when from flow'ry meads th'hills shadow steals.
Off with that wiry Coronet and show
The hairy diadem which on you doth grow:
Now off with those shoes, and then softly tread
In this, love's hallow'd temple, this soft bed.
In such white robes, heaven's Angels us'd to be
Receiv'd by men: thou Angel bringst with thee?
A heaven like Mahomet's Paradice, and though
Ill spirits walk in white, we eas'ly know,
By this these Angels from an evil sprite,
Those set our hairs, but these our flesh upright.
License my roving hands, and let them go,
Behind, before, above, between, below.
O my America! my new-found-land,
My kingdom, safeliest when with one man man'd,
My mine of precious stones: my emperie,
How blest am I in this discovering thee!
To enter in these bonds, is to be free;
Then where my hand is set, my seal shall be.
Full nakedness! All joys are due to thee,
As souls unbodied, bodies uncloth'd must be,
To taste whole joyes. Gems which you women use
Are like Atlanta's balls, cast in mens views,
That when a fool's eye lighteth on a gem,
His earthly soul may covet theirs, not them:
Like pictures or like books gay coverings made
For lay-men, are all women thus array'd.
Themselves are mystick books, which only wee
(Whom their imputed grace will dignify)
Must see rever'd. Then since that I may know;
As liberally, as to a midwife show
Thyself: cast all, yea, this white linen hence,
There is no penance due to innocence.
To teach thee I am naked first; why than,
What needst thou have more covering then a man?

John Donne
1699


Elegía XIX: Antes de acostarse

Ven, ven, todo reposo mi fuerza desafía.
Reposar es mi fuerza pues tendido me esfuerzo:
No es enemigo el enemigo
Hasta que no lo ciñe nuestro mortal abrazo.
Tu ceñidor desciñe, meridiano
Que un mundo más hermoso que el del cielo
Aprisiona en su luz; desprende
El prendedor de estrellas que llevas en el pecho
Por detener ojos entrometidos;
Desenlaza tu ser, campanas armoniosas
Nos dicen, sin decirlo, que es hora de acostarse.
Ese feliz corpiño que yo envidio,
Pegado a ti como si fuese vivo:
¡Fuera! Fuera el vestido, surjan valles salvajes
Entre las sombras de tus montes, fuera el tocado,
Caiga tu pelo, tu diadema,
Descálzate y camina sin miedo hasta la cama.
También de blancas ropas revestidos los ángeles
El cielo al hombre muestran, mas tú, blanca, contigo
A un cielo mahometano me conduces.
Verdad que los espectros van de blanco
Pero por ti distingo al buen del mal espíritu:
Uno hiela la sangre, tú la enciendes.
Deja correr mis manos vagabundas
Atrás, arriba, enfrente, abajo y entre,
Mi América encontrada: Terranova,
Reino sólo por mí poblado,
Mi venero precioso, mi dominio.
Goces, descubrimientos,
Mi libertad alcanzo entre tus lazos;
Lo que toco, mis manos lo han sellado.
La plena desnudez es goce entero:
Para gozar la gloria las almas desencarnan,
Los cuerpos se desvisten.
Las joyas que te cubren
Son como las pelotas de Atalanta:
Brillan, roban la vista de los tontos.
La mujer es secreta:
Apariencia pintada,
Como libro de estampas para indoctos
Que esconde un texto místico, tan sólo
Revelado a los ojos que traspasan
Adornos y atavíos.
Quiero saber quién eres tú: descúbrete,

Sé natural como en el parto,
Más allá de la pena y la inocencia
Deja caer esa camisa blanca,
Mirame, ven, ¿qué mejor manta
Para tu desnudez, que yo, desnudo?

Traducción de Octavio Paz

Elegia: Indo para o leito

Vem, Dama, vem, que eu desafio a paz;
Até que eu lute, em luta o corpo jaz.
Como o inimigo diante do inimigo,
Canso-me de esperar se nunca brigo.
Solta esse cinto sideral que vela,
Céu cintilante, uma área ainda mais bela.
Desata esse corpete constelado,
Feito para deter o olhar ousado.
Entrega-te ao torpor que se derrama
De ti a mim, dizendo: hora da cama.
Tira o espartilho, quero descoberto
O que ele guarda, quieto, tão de perto.
O corpo que de tuas saias sai
É um campo em flor quando a sombra se esvai.
Arranca essa grinalda armada e deixa
Que cresça o diadema da madeixa.
Tira os sapatos e entra sem receio
Nesse templo de amor que é o nosso leito.
Os anjos mostram-se num branco véu
Aos homens. Tu, meu anjo, és como o céu
De Maomé. E se no branco têm contigo
Semelhança os espíritos, distingo:
O que o meu anjo branco põe não é
O cabelo mas sim a carne em pé.
Deixa que a minha mão errante adentre
Atrás, na frente, em cima, em baixo, entre.
Minha América! Minha terra à vista,
Reino de paz, se um homem só a conquista,
Minha mina preciosa, meu Império,
Feliz de quem penetre o teu mistério!
Liberto-me ficando teu escravo;
Onde cai minha mão, meu selo gravo.
    Nudez total! Todo o prazer provém
De um corpo (como a alma sem corpo) sem
Vestes. As jóias que a mulher ostenta
São como as bolas de ouro de Atalanta:
O olho do tolo que uma gema inflama
Ilude-se com ela e perde a dama.
Como encadernação vistosa, feita
Para iletrados, a mulher se enfeita;
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns (a que tal graça se consente)
É dado lê-la. Eu sou um que sabe;
Como se diante da parteira, abre-
Te: atira, sim, o linho branco fora,
Nem penitência nem decência agora.
Para ensinar-te eu me desnudo antes:
A coberta de um homem te é bastante.

Versión de Augusto de Campos

Elegia

Deixa que minha mão errante adentre
Atrás, na frente, em cima, embaixo, entre
Minha América, minha terra à vista
Reino de paz, se um homem só a conquista
Minha mina preciosa, meu império
Feliz de quem penetre o teu mistério
Liberto-me ficando teu escravo
Onde cai minha mão meu selo gravo
Nudez total: todo prazer provém do corpo
(Como a alma sem corpo) sem vestes.
Como encadernação vistosa,
Feita para iletrados, a mulher se enfeita
Mas ela é um livro místico e somente
A alguns a que tal graça se consente
É dado lê-la.
Eu sou um que sabe.

Versión de Caetano Veloso

Publicité
Publicité
Commentaires
Camino de Santiago
Publicité
Sobre el nombre de este blog
Derniers commentaires
Publicité